A teoria dos humores foi uma das principais explicações médicas e filosóficas para a saúde e o comportamento humano na antiguidade. Desenvolvida por Hipócrates (460-370 a.C.) e expandida por Galeno (129-216 d.C.), ela propunha que o corpo humano era regido por quatro fluidos corporais, chamados de “humores”: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. O equilíbrio entre esses humores seria essencial para a saúde física e mental.
Cada temperamento possui características próprias:
- Fleumático: Pessoas fleumáticas são geralmente calmas, tranquilas e equilibradas. Pessoas mais reservadas, racionais e pacientes agem com uma natureza passiva e introspectiva. Costumam ser boas ouvintes e evitar conflitos, preferindo ambientes estáveis.
- Sanguíneo: Os sanguíneos são extrovertidos, enérgicos e otimistas. Eles se destacam pela sociabilidade, alegria e facilidade em fazer amizades. São pessoas empáticas, entusiastas e criativas, mas também podem ser impulsivas e, às vezes, desorganizadas.
- Melancólico: Pessoas melancólicas tendem a ser mais reflexivas, analíticas e perfeccionistas. Elas são introspectivas, com uma tendência à tristeza e à preocupação, mas também muito cuidadosas e detalhistas. Podem ser sensíveis e focadas em busca de significados profundos na vida.
- Colérico: Associa-se o temperamento colérico a pessoas energéticas, assertivas e determinadas. São líderes naturais, com forte desejo de alcançar objetivos e realizar tarefas. No entanto, podem ser impacientes, irritáveis e, em alguns casos, explosivas em situações de estresse.
Aplicação na Medicina e na Personalidade
Na prática médica, acreditava-se que doenças surgiam do desequilíbrio entre os humores. Tratamentos buscavam restaurar esse equilíbrio por meio de sangrias, dietas, purgações e outros métodos. No campo psicológico, a teoria influenciou a forma como se entendiam os temperamentos e as personalidades humanas, um conceito que ressoou até a Idade Média e o Renascimento.
Relevância Histórica da Teoria dos humores
Embora a teoria dos humores tenha sido descartada pela ciência moderna, ela foi fundamental para o desenvolvimento da medicina ocidental, influenciando práticas médicas e filosóficas por séculos. Além disso, seus conceitos de temperamentos ainda ecoam em discussões sobre personalidade e psicologia.
[…] Aprendi que, naquela época, acreditava-se que a dieta não apenas moldava nosso corpo, mas também nossa mente e personalidade. O equilíbrio dos quatro humores corporais — sangue, fleuma e bílis preta e amarela — era considerado essencial para determinar nosso temperamento. Esses fluidos definiam se uma pessoa seria fleumática, sanguínea, melancólica ou colérica. […]